quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Como os cães enxergam o mundo?

Como o cães enxergam o mundo e os seus donos? A pergunta começa a ser respondida com alguma consistência a partir do livro Inside of a Dog: What Dogs See, Smell and Know (numa tradução linear, algo como Dentro de um cão: o que os cães veem, cheiram e sabem), da psicóloga americana Alexandra Horowitz, pesquisadora da Universidade de Colúmbia.
capa-livro
O livro, ainda não lançado no Brasil, está em todas as listas de mais vendidos dos Estados Unidos e foi tema de uma interessante reportagem de Leandro Narloch na última edição da revista Veja.
O trabalho de Alexandra é um marco para se entender melhor o totó amado que está em casa.  Conheça algumas das conclusões da pesquisadora:
Os cães idenficam cores, mas praticamente não diferenciam o verde do vermelho. O ser humano vê as coisas bem mais coloridas.
A explicação para o faro impressionante do cães: eles possuem entre 200 milhões e 300 milhões de receptores de olfato, contra apenas cinco milhões dos humanos. Ou seja, entre 40 e 60 vezes mais. Por isso, colocam o focinho para fora quando estão nos carros. Para ele, olhar de dentro do carro não tem graça.  O principal ponto de contato com o mundo é o olfato. Pelo mesmo motivo, ele gosta de dormir na sua cama não pela maciez, mas porque ela está impregnada dos seus cheiros.
Ele não faz xixi no poste como demarcação de território, e sim para registrar informações sobre a sua presença naquele local ou o seu vigor sexual.
Os totós ouvem sons produzidos a distâncias quatro vezes maiores do que as percebidas pelo ouvido humano. Um ambiente silencioso para o homem – uma rua deserta na madrugada, por exemplo – é muito barulhento para o seu melhor amigo. Ele é capaz de perceber em detalhes o som do movimento nos bueiros e a alta frequência das luzes fluorescentes.
Cães não se encantam com as flores como os humanos. Não há sentido estético. O seu totó dá de ombros para a beleza, a cor e o perfume das peças do seu jardim. As plantas só passam a ter sentido quando trazem o odor da urina dele ou de qualquer outro cachorro.
Os receptores de visão dos totós estão, em sua suprema maioria, na periferia dos olhos, e não no centro, caso dos humanos. Por isso eles enxergam pouco de perto, mas são capazes de abocanhar no ar aquela bolinha que você joga. Algumas raças podem ver com a 270 graus de amplitude, contra 180 graus dos seres humanos.
Como eles enxergam a 80 quadros por segundo, acham a televisão, feita a 60 quadros por segundo, uma sequência monótona de imagens paralisadas.
As negociações para o lançamento do livro no Brasil estão em andamento.
Se o nobre amigo  lê em inglês ou tem um tradutor em seu computador, pode visitar o site da autora.

Fonte: CachorroBlog

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